A fome como reflexo da crise política

A escalada da fome exige alerta urgente à sociedade e aos gestores públicos, a fim de reforçar a agenda da inclusão, equidade e combate à pobreza. As experiências do passado recente servem como um lembrete importante de que esta luta não é apenas uma questão de números, mas de valores que definem a nação.  

Por Camilly Oliveira

Relatório do GHI (Global Hunger Index) comprova o mal terrível que Temer e Bolsonaro causaram ao país. O Brasil, que um dia se destacou na luta contra a fome, enfrenta um pesadelo crescente.

 


Durante o governo deles dois, a subnutrição aumentou de maneira alarmante, atingindo 3,9% da população. Segundo o relatório, este retrocesso não é mero acaso, mas sim consequência da instabilidade política provocada pelo golpe jurídico-parlamentar-midiático de 2016 e dos efeitos devastadores da Operação Lava Jato. 

 


A drástica redução das políticas sociais que, entre 2003 e 2016 resgataram milhões da miséria, expõe a face cruel de um país que, sob a gestão de Michel Temer e Jair Bolsonaro, abandonou a população mais vulnerável.

 


O GHI destaca que programas como o Bolsa Família são modelos globais de políticas públicas, pois ao focar em mulheres e crianças transformam vidas ao garantir acesso a alimentação, saúde e educação. Porém, o golpe e a austeridade que se seguiram desmantelaram a estrutura do país, mergulhando milhões de brasileiros de volta à insegurança alimentar e à pobreza extrema. A interrupção destas políticas não só ampliou a desigualdade, mas também perpetuou um ciclo vicioso de desnutrição e falta de oportunidades.

 


Atualmente, o Brasil ocupa a 33ª posição no ranking do GHI, atrás de países como Chile e Costa Rica. Esta situação é uma dura realidade que expõe não apenas o abandono das políticas públicas, mas também a falta de comprometimento com a justiça social e a dignidade humana, somente agora retomadas pelo governo Lula.

 


A escalada da fome exige alerta urgente à sociedade e aos gestores públicos, a fim de reforçar a agenda da inclusão, equidade e combate à pobreza. As experiências do passado recente servem como um lembrete importante de que esta luta não é apenas uma questão de números, mas de valores que definem a nação.