População quer a taxação dos super-ricos
Em tramitação no Congresso Nacional, a medida determina a incidência do tributo sobre as pessoas com rendimentos mensais superiores a R$ 50 mil, ou a partir de R$ 600 mil anuais. A aplicação da alíquota será de forma progressiva, até chegar ao limite máximo de 10% para quem recebe até R$ 1,2 milhão por ano.
Por Ana Beatriz Leal
O governo está no caminho certo e alinhado com os anseios do povo. Pesquisa Datafolha revela que a maioria da população (76%) apoia a proposta de instituição de um imposto de renda mínimo sobre os super-ricos.
Em tramitação no Congresso Nacional, a medida determina a incidência do tributo sobre as pessoas com rendimentos mensais superiores a R$ 50 mil, ou a partir de R$ 600 mil anuais. A aplicação da alíquota será de forma progressiva, até chegar ao limite máximo de 10% para quem recebe até R$ 1,2 milhão por ano.
Uma ressalva importante. Embora a alíquota nominal do IR chegue a 27,5%, alguns rendimentos, a exemplo de lucros e dividendos, são isentos de tributação. Isto quer dizer que os super-ricos concentram os ganhos nestas fontes e, proporcionalmente, são menos tributados do que os trabalhadores assalariados.
O pacote também contempla a isenção do IR para os cidadãos com salários de até R$ 5 mil por mês. A população aguarda com expectativa a aprovação da medida, um passo importante em direção a um sistema tributário mais justo, capaz de aliviar o orçamento de milhões de brasileiros, principalmente a classe média.