Bancárias cobram avanços nas pautas de gênero 

Avanços no atendimento de vítimas de violência de gênero, programa de formação de mulheres na área de TI (Tecnologia da Informação) e ações para garantir igualdade salarial e de ascensão entre homens e mulheres foram os pontos tratados na Mesa de Igualdade de Oportunidades. 

Por Angélica Alves

Avanços no atendimento de vítimas de violência de gênero, programa de formação de mulheres na área de TI (Tecnologia da Informação) e ações para garantir igualdade salarial e de ascensão entre homens e mulheres foram os pontos tratados na Mesa de Igualdade de Oportunidades. 

 


No encontro, que aconteceu na segunda-feira, em São Paulo, a Fenaban apresentou ao Comando Nacional dados que indicam que as mulheres foram beneficiadas pelos canais de atendimento contra violência, registrando 1.106 denúncias.

 


Sobre a formação de mulheres na TI, informou que mais de mil funcionárias se inscreveram, apenas na primeira fase das bolsas de estudos. O canal de atendimento e o programa de formação resultam de muita reivindicação do movimento sindical. 

 


O comando acolheu os dados, mas deixou claro que ainda há muito para avançar. As mulheres continuam a ganhar, em média, 19% menos do que os homens. A situação piora entre as negras, cujo rendimento é 34,5% inferior. Nos altos cargos, fica ainda mais agravante. Enquanto dirigentes e gerentes, elas recebem 68,9% a menos, enquanto como escriturárias chegam a 96% do salário dos funcionários masculinos. 

 


Além de ter salário inferior, as bancárias também são a maioria entre os desligados. De 2020 e 2024, das 17.066 demissões, 95,7% eram postos ocupados por mulheres, de acordo com o levantamento do movimento sindical. 

 


Durante a reunião, o presidente em exercício do Sindicato dos Bancários da Bahia, Elder Perez, destacou que a equidade de gênero é uma questão civilizatória. “É inadmissível que aquilo que já deveria ser tão delas, ainda apareça como um pleito. Por isto, a luta é de todos nós, homens e mulheres”, finaliza.