Itaú fecha agências e prejudica a todos
Sobre a prática de fechamento, que é injustificável devido à alta lucratividade da empresa ano após ano e que chegou a R$ 30,518 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, o Itaú alega que é devido à baixa rentabilidade. O que revela descompromisso com a responsabilidade social que toda instituição financeira precisa ter ao fornecer serviços bancários para a sociedade.
Por Angélica Alves
É nítido que o interesse do Itaú é seguir fechando agências, elevando a sobrecarga de trabalho nas unidades abertas e largando a população sem atendimento. No ano passado, o banco encerrou as atividades de 227 agências, superando a média de anos anteriores, de 200, e demitiu 7.721 funcionários.
Sobre a prática de fechamento, que é injustificável devido à alta lucratividade da empresa ano após ano e que chegou a R$ 30,518 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, o Itaú alega que é devido à baixa rentabilidade. O que revela descompromisso com a responsabilidade social que toda instituição financeira precisa ter ao fornecer serviços bancários para a sociedade.
Na reunião, realizada nesta quarta-feira (05/02), em resposta ao questionamento da COE (Comissão de Organização dos Empregados), o banco disse que o fechamento das agências interferiu no cotidiano de trabalho de 2.052 trabalhadores, sendo que 75,7% foram realocados para outras unidades ou áreas da empresa. O programa de realocação e qualificação é uma conquista da categoria.
Outros pontos
A representação dos trabalhadores também apresentou ao Itaú os problemas do Gera, o programa de remuneração variável do banco, proposta para que o PCR (Programa Complementar de Resultados) seja pago considerando as perdas que os empregados em relação aos reajustes da categoria e da pandemia de Covid-19 e as dificuldades que estão acontecendo com as juntas médicas.
A presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Andréia Sabino, salientou a necessidade de avançar e destravar pautas que não foram resolvidas no ano passado. Já a diretora da entidade, Luciana Dória, destacou as dificuldades dos funcionários sobre as questões de saúde.
Além de se comprometer com a resolução das reivindicações, o Itaú ainda apresentou o Linha de Cuidado, novo programa focado nos funcionários adoecidos, para melhorar a qualidade de vida e cuidados com a saúde do trabalhador.