Mais de 2 mil resgatados de trabalho análogo à escravidão
Os dados são do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), divulgados pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), que firmou 478 TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) resultantes da participação em forças-tarefas, encerramento de inquéritos civis ou de acordos em ações civis públicas.
Por Ana Beatriz Leal
Após um período de fragilidade dos mecanismos de combate ao trabalho análogo à escravidão, durante os governos ultraliberais de Temer e Bolsonaro, o Brasil retomou a robustez na fiscalização. Ano passado foram resgatadas mais de 2 mil pessoas nesta situação.
Os dados são do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), divulgados pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), que firmou 478 TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) resultantes da participação em forças-tarefas, encerramento de inquéritos civis ou de acordos em ações civis públicas.
Uma das partes dos dados registrados se deve à Operação Resgate IV, que aconteceu entre julho e agosto de 2024 e retirou 593 trabalhadores de condições de trabalho escravo contemporâneo. O número é 11,65% superior ao verificado em 2023, quando foram 532 resgates.
A partir das ações, o Ministério do Trabalho e Emprego elabora a lista suja do trabalho escravo. Na relação constam nomes de empresas e empresários flagrados ao manter trabalhadores em condições sub-humanas e sem direitos trabalhistas.