Prevenção do HPV é luta social

No Brasil, o número de mulheres que não fazem o exame de prevenção do câncer de colo do útero é reflexo cruel das desigualdades sociais. São mais de 36 milhões de brasileiras que não realizaram o papanicolau nos últimos três anos, segundo o Sisab (Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica) do Ministério da Saúde, mesmo sendo um serviço oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). 

Por Camilly Oliveira

No Brasil, o número de mulheres que não fazem o exame de prevenção do câncer de colo do útero é reflexo cruel das desigualdades sociais. São mais de 36 milhões de brasileiras que não realizaram o papanicolau nos últimos três anos, segundo o Sisab (Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica) do Ministério da Saúde, mesmo sendo um serviço oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). 

 


O câncer de colo do útero ainda é uma das maiores causas de mortalidade feminina no país, mesmo sendo prevenível. O papanicolau identifica alterações celulares precoces, permitindo tratamento antes que se tornem um problema maior. 

 


A recomendação é de que o exame deva ser feito a cada três anos após dois resultados negativos seguidos. Com o avanço da tecnologia, o SUS passou a oferecer testes moleculares mais precisos, que ampliam a detecção e reforçam a prevenção.

 


É preciso ir além das estatísticas e garantir que a saúde pública seja de fato acessível, acolhendo as mulheres que enfrentam barreiras como sobrecarga de trabalho e falta de apoio familiar. Fazer o exame é um ato de cuidado consigo mesma e direito fundamental de todas as brasileiras.