Bancos fecham quase 1,8 mil pontos de atendimento

O número de agências em todo o Brasil tem caído vertiginosamente. Em 2015 eram 23.154 unidades. Hoje são apenas 16.573, redução de 28,4% (-6.581).

Por Ana Beatriz Leal

A lógica do sistema financeiro é aumentar os lucros. Para tanto, sacrifica os bancários e a população. Uma das táticas é fechar agências e empurrar os clientes para o mundo digital, desconsiderando a parcela da população que não tem acesso fácil à internet. Em 2024, Itaú, Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Santander fecharam 1.774 pontos de atendimento, entre agências e postos. 
 

O número de agências em todo o Brasil tem caído vertiginosamente. Em 2015 eram 23.154 unidades. Hoje são apenas 16.573, redução de 28,4% (-6.581).
 

A grande maioria dos fechamentos foi de agências, enquanto o de postos de atendimento físicos teve uma leve alta. Passou de 10.474 em março de 2015 para 11.537 atualmente. Aumento de 1.063 (ou 10,1%). Mas, não dá para se animar com o dado.
 

Os bancos costumam transformar agências em PAs (Postos de Atendimento) por terem estrutura menor, já que não lidam com numerário, logo não precisam de cofre, porta-giratória, entre outras despesas. Sem contar que muitos não são abertos ao público em geral, funcionam dentro de empresas, por exemplo. 
 

Reduzir o número de pontos de atendimentos, além de colocar em risco o emprego bancário, prejudica os clientes, principalmente quem reside em municípios que possuem pouquíssimas agências. Sem nenhuma necessidade. O lucro líquido dos bancos foi de R$ 145 bilhões no ano passado. Cifra que não justifica a mesquinharia.