Os riscos dos ultraprocessados 

A alimentação com itens como refrigerante, macarrão instantâneo e bolacha recheada provoca 57 mil mortes por ano. O número equivale a 10,5% de todos os óbitos registrados em 2019 ou seis mortes por hora. 

Por Renata Andrade

É preocupante a alimentação do brasileiro, sobretudo com o abuso do consumo de ultraprocessados. No Brasil, a cada 10 mortes, uma pode ser atribuída aos produtos. Isto gera um impacto econômico de R$ 10,4 bilhões por ano ao país. Os dados são da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).


A alimentação com itens como refrigerante, macarrão instantâneo e bolacha recheada provoca 57 mil mortes por ano. O número equivale a 10,5% de todos os óbitos registrados em 2019 ou seis mortes por hora. 


O estudo estima custo total direto de R$ 933,5 milhões por ano do SUS (Sistema Único de Saúde) com hospitais, ambulatórios e medicamentos em casos de obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão. Outros R$ 263,2 milhões ao ano direcionados a custos previdenciários (aposentadoria precoce e licenças médicas) e por absenteísmo (internações e licenças médicas).


A pesquisa quis avaliar os danos causados à saúde e à economia a partir do consumo dos itens ricos em sal, açúcar e gorduras saturadas. Foi constatado que os utraprocessados geram despesas que correspondem ao dobro do investimento anual do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) ou 300 vezes o orçamento do programa Cozinhas Solidárias.