Maioria quer proibir apostas online
Responsável por viciar, adoecer e esvaziar o bolso de muitos brasileiros, em especial homens jovens e pobres, as famosas bets deveriam ser proibidas para 65% dos cidadãos com 18 anos ou mais. É o que revela pesquisa feita pelo Datafolha. Quando se trata do “jogo do tigrinho”, a rejeição chega a 78%.
Por Ana Beatriz Leal
Responsável por viciar, adoecer e esvaziar o bolso de muitos brasileiros, em especial homens jovens e pobres, as famosas bets deveriam ser proibidas para 65% dos cidadãos com 18 anos ou mais. É o que revela pesquisa feita pelo Datafolha. Quando se trata do “jogo do tigrinho”, a rejeição chega a 78%.
Somente 27% da população adulta apoiam a liberação das apostas esportivas, já 8% preferiram não opinar. As mulheres (68%) têm mais resistência às bets do que os homens (61%). Os números chamam atenção justamente quando a regulamentação das apostas está em análise judicial.
O momento é de preocupação. O Brasil vive uma epidemia das bets. Os impactos são muitos: vício, endividamento, além de problemas familiares e financeiros. Os brasileiros chegaram a destinar R$ 20 bilhões todos os meses em apostas online e beneficiários do Bolsa Família enviaram R$ 3 bilhões para o mesmo fim. Preocupante.
O levantamento expõe que 54% dos brasileiros consideram apostar um vício, enquanto 30% veem como uma perda de dinheiro. Só 15% acreditam que a prática é positiva, 9% acham uma forma de diversão, 3% uma fonte de renda, e 2% um investimento financeiro.