Brasil livre do sarampo, de novo

Com a certificação, as Américas voltam a ser regiões livres de sarampo endêmico. O Brasil saiu da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas no mundo. O número de crianças brasileiras que não receberam nenhuma dose da DTP1, contra difteria, tétano e coqueluche caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023. 

Por Renata Andrade

Depois de quatro anos marcados pelo negacionismo e o incentivo à não vacinação, o Brasil recuperou o certificado de país livre do sarampo com a volta da ciência ao governo. Apesar de ter alcançado o status em 2016, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus em 2018. 


Com a certificação, as Américas voltam a ser regiões livres de sarampo endêmico. O Brasil saiu da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas no mundo. O número de crianças brasileiras que não receberam nenhuma dose da DTP1, contra difteria, tétano e coqueluche caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023. 


O Brasil também está livre de rubéola e da síndrome da rubéola congênita.  Somente no ano passado, o governo financiou mais de R$ 724 milhões para a manutenção da eliminação das doenças através de investimentos em vigilância em saúde, laboratórios estaduais, imunobiológicos. 


Também com oficinas para todos os estados sobre microplanejamento e multivacinação, realizadas nos 5.570 municípios. O certificado foi entregue ao presidente Lula e à ministra da Saúde, Nísia Trindade, pelo diretor da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e pelo diretor regional da OMS (Organização Mundial da Saúde) para Américas, Jarbas Barbosa, nesta terça-feira (12/11).