Golpes crescem, bancos lucram

A explosão de golpes com cartões é alarmante, os bancos lucram cada vez mais, no entanto investem pouco em segurança. As fraudes estão se tornando mais sofisticadas, expondo a fragilidade das instituições financeiras. Dados recentes mostram que, ano passado, foram destinados apenas R$ 2 bilhões para reforçar os sistemas de proteção, valor claramente insuficiente.

Por Camilly Oliveira

A explosão de golpes com cartões é alarmante, os bancos lucram cada vez mais, no entanto investem pouco em segurança. As fraudes estão se tornando mais sofisticadas, expondo a fragilidade das instituições financeiras. Dados recentes mostram que, ano passado, foram destinados apenas R$ 2 bilhões para reforçar os sistemas de proteção, valor claramente insuficiente.

 


No primeiro semestre deste ano, os maiores bancos brasileiros acumulavam mais de R$ 135 bilhões em lucros líquidos, enquanto o número de agências fechadas e demissões só cresce. Desde 2020, mais de 800 agências foram encerradas e cerca de 15 mil trabalhadores perderam seus empregos, ampliando a precarização do atendimento e agravando a vulnerabilidade dos clientes.

 


A redução dos pontos de atendimento físico e a falta de investimento em soluções robustas de segurança deixam os consumidores desprotegidos. Golpes envolvendo cartões, sejam de crédito ou débito, tornaram-se uma rotina perigosa, com transações fraudulentas ocorrendo em alta velocidade, muitas vezes incompatíveis com o perfil de consumo das vítimas, sem que os bancos consigam detectar a irregularidade a tempo.

 


A responsabilidade dos bancos não deve se limitar apenas ao lucro. A alta nas fraudes e o baixo investimento em segurança precisam ser enfrentados com urgência, pois o custo final recai sobre o consumidor, que paga pelos prejuízos e enfrenta um sistema que não prioriza sua proteção.