Racismo estrutural freia a economia

Este diagnóstico é compartilhado por pesquisadores, ativistas, representantes de organismo internacional, técnicos e dirigentes do governo que participaram do seminário Empoderamento Econômico da População Afrodescendente. 

Por William Oliveira

A exclusão econômica da população negra é reflexo do racismo estrutural profundamente enraizado no tecido social do país. Este sistema de discriminação não apenas perpetua desigualdades históricas, como também trava o desenvolvimento econômico e mantém grande parte da população à margem das oportunidades. 


Apesar de representarem mais de 50% dos brasileiros, os negros continuam subrepresentados em espaços de poder e decisão, têm menor acesso à educação de qualidade e enfrentam barreiras no mercado de trabalho, onde ocupam os piores postos e recebem salários inferiores.


Este diagnóstico é compartilhado por pesquisadores, ativistas, representantes de organismo internacional, técnicos e dirigentes do governo que participaram do seminário Empoderamento Econômico da População Afrodescendente. 


O racismo estrutural não se limita a atos explícitos, mas é uma estratégia de exclusão que funciona silenciosamente, além de favorecer alguns, explorando outros. 


Empreendedores negros encontram dificuldades imensas para acessar crédito, o que os impede de desenvolver negócios sustentáveis. Ao mesmo tempo, a falta de investimento em capacitação e qualificação mantém esta parcela desta população em um ciclo de pobreza.