Caixa apresenta propostas de benefícios na mesa de negociação

A Caixa apresentou à CEE propostas para cláusulas de benefícios para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, nesta quinta-feira (29/08). Apesar de ainda faltar algumas demandas sem respostas, houve avanços.  Mesmo assim, é fundamental que os bancários mantenham a mobilização, especialmente pelo andamento da mesa única com a Fenaban.

Por Renata Andrade

A Caixa apresentou à CEE (Comissão Executiva dos Empregados) propostas para cláusulas de benefícios para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, nesta quinta-feira (29/08). Apesar de ainda faltar algumas demandas sem respostas, houve avanços.  Mesmo assim, é fundamental que os bancários mantenham a mobilização, especialmente pelo andamento da mesa única com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

 

Após interrupção das discussões, as negociações foram retomadas com a Caixa na noite  desta quinta-feira. A CEE cobrou a apresentação de uma proposta que garanta o direito de redução da jornada dos empregados que forem pessoas com deficiência (PcD) ou responsáveis por PcDs.

 

O banco destacou a necessidade de seguir o fluxo de acolhimento do pedido, com análise de equipe multidisciplinar, com desdobramentos para o abono de até 25% da jornada, sem redução salarial, para a concessão do trabalho remoto.

 

No caso de responsáveis pelos cuidados de PcDs, depois das ausências já constantes na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) seria concedido o abono da jornada, com a possibilidade de utilizar as horas de acompanhamento médico. A proposta será analisada pela Comissão.

 

 

As negociações serão retomadas nesta sexta-feira (30/08). 

 

 

Propostas apresentadas pela Caixa:

 

Adicional embarcado
Antes, a empresa informou que aceita ampliar o pagamento do adicional embarcado concedido aos empregados que trabalharem na modalidade de trabalho embarcado. Ainda sinalizou a correção do valor adicional por dia trabalhado, que hoje é R$ 55,00, para R$ 100,00 com acréscimo de até 30% para quem trabalhar por três ciclos consecutivos conforme regras.

 


Para os representantes dos bancários querem uma política de correção do valor, que está congelado há nove ano. A Caixa vai analisar a questão. Também reivindicaram a ampliação do período de folga de três dias após o tempo de trabalho embarcado, que normalmente é de 26 dias seguidos. A intenção é que o trabalhador descanse. Além da inclusão do adicional embarcado no ACT. Hoje ele é definido por norma interna.

 

 

Vale-transporte
Uma cláusula será incluída no ACT para que os empregados que não conseguem utilizar o vale-transporte por não haver transporte público entre a residência e o trabalho possam ter o valor gasto com o deslocamento reembolsado, descontados os mesmos 4% do salário padrão, conforme previsto no acordo, que é descontado dos que utilizam o vale-transporte. O reembolso será concedido apenas para os trabalhadores que não têm transporte coletivo disponível para ir ao trabalho. O bancário deve comprovar os gastos, limitado a 200km/dia e o gestor tem de ser informado. 

 

 

Auxílio-Calamidade
Após reivindicação dos trabalhadores, a Caixa vai utilizar a experiência bem-sucedida do auxílio calamidade obtido pelos empregados no Rio Grande do Sul para ampliar os cuidados com o quadro de pessoal. Serão incluídos no ACT os adiantamentos de 10 salários padrão, de até cinco apips, e da 13ª cesta alimentação. Todos por opção do próprio empregado. Haverá maior facilidade para a concessão dos adiantamentos, sendo necessário comprovar a residência no local afetado.

 


O banco explicou que houve mudança no sistema, após questionamento da CEE, para que o adiantamento deixe de ser considerado empréstimo, pois  é um adiantamento salarial.

 


Férias
Também foi acatada reivindicação dos empregados para que o adiantamento do pagamento de férias seja opcional a cada trabalhador. O direito de parcelar o valor a ser devolvido em até 10x sem juros continuará existindo. Só que agora será uma opção de cada bancário.

 


Em relação às férias, foi solicitada a redução do período mínimo, que atualmente é de 14 dias, para 12 dias. A Caixa ficou de avaliar o pedido.

 

 

Licença maternidade/paternidade
A Caixa apresentou proposta para ampliar a equidade parental para que pais e mães dividam mais equanimemente as responsabilidades com os cuidados com o bebê recém-nascido.