Defesa dos empregos em pauta nesta quarta

A defesa do emprego é uma das prioridades dos bancários na campanha salarial 2024. Diante da importância do tema, a mesa Trabalho, nesta quarta-feira (26/06), abre as negociações entre o Comando Nacional e Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para a renovação da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria.

Por William Oliveira

A defesa do emprego é uma das prioridades dos bancários na campanha salarial 2024. Diante da importância do tema, a mesa Trabalho, nesta quarta-feira (26/06), abre as negociações entre o Comando Nacional e Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para a renovação da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria.


Nos últimos 10 anos, cerca de 78 mil postos de trabalho foram extintos no sistema financeiro e mais de seis mil agências tradicionais fecharam as portas. Ainda houve redução de 20,7 mil vagas de trabalho bancário nos últimos cincos anos. No mesmo período fecharam 3,2 mil unidades em todo o país (88% de estabelecimentos privados). 


O quadro é ainda mais cruel quando confrontado com os lucros recordes dos grandes bancos. Somente no ano passado Bradesco, Itaú, Santander, BB e Caixa alcançaram lucratividade histórica de R$ 144 bilhões. Avanço de 5% em relação a 2022. 


Dados recentes comprovam. A PEB (Pesquisa do Emprego Bancário) apontou que 4.171 postos de trabalho foram eliminados no acumulado dos últimos 12 meses. O ano de 2023 registrou o fechamento de 6.315 vagas. 


A realidade é que, apesar da recuperação econômica do país e dos sucessivos aumentos nos lucros, as organizações financeiras demitem mais do que contratam. A contradição é evidente. Sem falar na sobrecarga de trabalho para quem fica nas agências, que resulta na alta de doenças ocupacionais, incluindo transtornos mentais, como ansiedade e depressão, além de precarização do atendimento.