Censo de Diversidade e Inclusão no Santander

Participaram 26 mil trabalhadores, o que representa 51% do quadro funcional do banco. Do total de pessoas que responderam, 58% se autodeclararam brancos, 30,2% pardos, 9% pretos, 2,1% amarelos e 0,2% indígenas. Índices que indicam o que o movimento sindical denuncia há tempos: o racismo no sistema financeiro. 

Por Ana Beatriz Leal

A divulgação do Censo de Diversidade e Inclusão por parte do Santander vai possibilitar à COE (Comissão de Organização dos Empregados) acesso a dados para lutar pelas reivindicações, sobretudo, na mesa permanente estabelecida no ACT (Acordo Coletivo de Trabalho). O objetivo é avançar nas conquistas.

 

Participaram 26 mil trabalhadores, o que representa 51% do quadro funcional do banco. Do total de pessoas que responderam, 58% se autodeclararam brancos, 30,2% pardos, 9% pretos, 2,1% amarelos e 0,2% indígenas. Índices que indicam o que o movimento sindical denuncia há tempos: o racismo no sistema financeiro. 

 

Quando se trata de identidade de gênero, 52,7% se identificaram como mulheres cis, 0,2% mulheres trans, 45,5% homens cis, 0,2% homens trans e 0,3% como não binários.

 

Embora representem a maioria entre os empregados, grande parte das mulheres ganha percentuais menores do que os homens. Quando se trata das negras, a discrepância é ainda maior. Vale lembrar que, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), na categoria bancária, as trabalhadoras recebem em média 22,2% menos do que os bancários. 

 

Em relação à orientação sexual, 87% se autodeclararam heterossexuais, 5,4% bissexuais, 4,5% gays, 1,7% lésbicas, 1,1% pansexuais e 0,3% outros. Sobre as gerações, 69,8% se consideram da geração Y, 17,1% da geração X, 12,8% da geração Z e 0,3% baby boomers. 

 

Segundo o censo, 52,7% possuem deficiência física, 21,6% visual, 13,1% neuro divergente, intelectual ou múltipla, e 12,7% auditiva.