Personalidades cubanas - Camilo Cienfuegos
No artigo, o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ, Álvaro Gomes, continua com os relatos sobre as principais personalidades de Cuba.
Camilo Cienfuegos foi um dos mais importantes revolucionários de Cuba. Ao lado de Fidel, Raul e Che Guevara, teve papel fundamental na vitória contra a ditadura de Fulgêncio Batista, derrotada em 1959. Tinha admiração por Fidel e era defensor convicto das ideais humanistas. Nasceu em 6 de fevereiro de 1932, em Havana, e morreu em 28 outubro de 1959.
As principais informações a seguir estão no livro Comandante Camilo Cienfuegos - Pensamientos, Ediciones Loynaz, Cuba-2022. Na obra foram organizados diversos documentos com seus discursos, cartas e entrevistas sobre a revolução cubana. A documentação foi selecionada por José Pedro López Hernandez e Elizabeth Darias Hernandez. A publicação mostra a importância de Camilo, o amor às causas sociais e a admiração e fidelidade a Fidel. Em uma resposta escrita a Fidel, falou que era mais fácil deixar de respirar do que deixar de ser fiel a ele.
Sempre lutou contra a exploração capitalista, principalmente a opressão dos Estados Unidos. Morou em Cuba, nos EUA e México, sempre participando de atividades revolucionárias. Foi um dos que se deslocou do México para Cuba no barco Granma, onde estavam também Fidel, Raul, Che Guevara e outros combatentes. O barco tinha capacidade para 25 pessoas, mas estava lotado de armas e 82 revolucionários.
Camilo defendia com muita ênfase as conquistas da revolução cubana. Em uma das entrevistas à revista Moncado, falou que a revolução é humanista e que “...Se a solução dos problemas do povo, se a garantia do futuro do povo for o comunismo, então eu serei comunista”. Como importante comandante do exército revolucionário tratava os adversários com respeito, preservando os direitos humanos.
Dizia Camilo, “este espírito de verdadeiros revolucionários faz-nos ver os nossos inimigos, sem ódio, como cubanos, como nós, e como tal os tratámos.” Assim, ele prendeu o comandante Humbert Matos em outubro de 1959, considerado pelo exército revolucionário um traidor. No dia 28 de outubro, ao retornar de Camagüey, o avião desapareceu. Assim morreu Camilo.
Seu legado, no entanto, continua vivo em Cuba, onde é tido um dos mais importantes heróis da revolução cubana.
*Álvaro Gomes é diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ