Mulheres vivem mais, com menos saúde 

A sociedade patriarcal, mergulhada em preconceitos e desigualdades, empurra as mulheres para papeis limitantes de cuidado e maternidade. A pesquisa, focada na América Latina, também aponta que, durante a vida produtiva, elas passam 25% mais tempo com a saúde comprometida. 

Por Ana Beatriz Leal

Embora vivam mais do que os homens, as mulheres enfrentam mais desafios relacionados à saúde. É o que revela estudo do MHI (Instituto McKinsey Health). Sobrecarregadas pelas responsabilidades de cuidar, elas, muitas vezes, negligenciam o próprio bem-estar, o que resulta em diagnósticos errados ou tardios para mais de 700 doenças. Além disso, gastam 18% com prevenção e tratamento. 
 

A sociedade patriarcal, mergulhada em preconceitos e desigualdades, empurra as mulheres para papeis limitantes de cuidado e maternidade. A pesquisa, focada na América Latina, também aponta que, durante a vida produtiva, elas passam 25% mais tempo com a saúde comprometida. 
 

Garantir o direito das mulheres à saúde é um desafio que precisa ser alcançado.  Resolver estas desigualdades poderia gerar um aumento de 51 bilhões de dólares no PIB (Produto Interno Bruto) da América Latina até 2040. 
 

No Brasil, as dificuldades têm cor. As negras enfrentam acesso reduzido e sofrem mais discriminação nos serviços médicos em relação à população branca, segundo a PNSIPN (Política Nacional de Saúde Integral da População Negra).