Janeiro Branco: saúde mental em destaque 

A OMS (Organização Mundial da Saúde) destaca que na América Latina, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão, o segundo com maior prevalência nas Américas e lidera no quesito transtornos de ansiedade. Dados de 2023 apontam que 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade. 

Por Renata Andrade

As discussões sobre a saúde mental da população brasileira têm deixado de ser tabu, mas os desafios sobre o tema ainda são significativos pós-pandemia. A reflexão, diálogo e ações em prol do bem-estar emocional das pessoas são foco do Janeiro Branco há mais de uma década. 


No Brasil, 34% relatam angústia, 38% estão em processo de recuperação, com jovens abaixo de 35 anos sendo os mais afetados, de acordo com o Global Mind Project (pesquisa que divulga dados anuais sobre o bem-estar no planeta).


Por conta da cobrança diária e assédio moral, os bancários sentem na pele com problemas emocionais. Como consequência da pressão, 80% dos trabalhadores do ramo financeiro declararam ter problema de saúde relacionado ao trabalho e quase metade está em acompanhamento psiquiátrico. Dos que estão em tratamento, 91,5% utilizam medicações prescritas pelo psiquiatra.


A OMS (Organização Mundial da Saúde) destaca que na América Latina, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão, o segundo com maior prevalência nas Américas e lidera no quesito transtornos de ansiedade. Dados de 2023 apontam que 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade. 


Em relação ao suicídio, a taxa entre jovens obteve alta de 6% ao ano entre 2011 e 2022. As taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 aumentaram 29% a cada ano no mesmo período. Maior que na população em geral, cuja taxa de suicídio registrou crescimento médio de 3,7% ao ano e a de autolesão 21% ao ano. Os dados são da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).