Um Carnaval para além da folia

Durante o Carnaval de Salvador, um dado merece total atenção. Mas, não dos trios elétricos ou das ruas repletas de foliões, e, sim, nos registros dos serviços de saúde. A crise de ansiedade foi disparadamente a principal ocorrência nos postos médicos, responsável por 67% dos atendimentos.

Por William Oliveira

Durante o Carnaval de Salvador, um dado merece total atenção. Mas, não dos trios elétricos ou das ruas repletas de foliões, e, sim, nos registros dos serviços de saúde. A crise de ansiedade foi disparadamente a principal ocorrência nos postos médicos, responsável por 67% dos atendimentos.


Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. O fenômeno, embora surpreendente, não é isolado, e reflete uma realidade mais ampla da saúde mental em meio a eventos de grande agitação e aglomeração.


A associação entre o consumo de álcool e outras substâncias psicoativas com a crise de ansiedade também merece atenção. Nos dias de folia momesca foram registrados 35% casos de ansiedade decorrente do uso de álcool e outras drogas. 


Além disto, é importante ressaltar que os transtornos ansiosos não afetam apenas indivíduos específicos, mas têm impacto desproporcional nas mulheres, que representaram 66% das ocorrências. 


Os efeitos das crises de ansiedade não se limitam ao momento do evento. Podem ter repercussões a longo prazo na saúde mental, influenciando o bem-estar emocional e a qualidade de vida das pessoas.