Brain rot: como proteger a mente do excesso de conteúdo
A expressão descreve justamente o impacto negativo do uso desenfreado de tecnologia e redes sociais. Embora "brain rot" não seja um diagnóstico oficial reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o termo retrata as consequências para o cérebro que é bombardeado por informações e um estilo de vida hiperconectado e saturado de estímulos.
Por Ana Beatriz Leal
Ganhou destaque em todo o mundo o termo “brain rot”, ou “cérebro podre”, que em 2024 foi escolhido como a palavra do ano pela Universidade de Oxford, refletindo uma tendência crescente: o esgotamento mental proveniente do consumo excessivo de conteúdos online.
A expressão descreve justamente o impacto negativo do uso desenfreado de tecnologia e redes sociais. Embora "brain rot" não seja um diagnóstico oficial reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o termo retrata as consequências para o cérebro que é bombardeado por informações e um estilo de vida hiperconectado e saturado de estímulos.
Em uma era em que a informação está mais acessível, o Brasil figura entre os países que mais gastam tempo nas redes sociais. Relatórios globais, como o Digital 2023 Global Overview Report, alertam para o fato de que, além de a população ser bombardeada por dados a todo momento, muitos dos conteúdos são pouco relevantes, o que contribui para uma sensação de sobrecarga mental.
Especialistas alertam que a hiperexposição é preocupante, inclusive em questões profissionais, já que prejudica habilidades cognitivas como atenção, pensamento crítico e tomada de decisões. A sobrecarga de informações, portanto, pode resultar em dificuldades para focar e priorizar tarefas, além de provocar a sensação de estar "atrasado" ou "desconectado".