Barreiras ao financiamento do agro
A nova resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional), que entra em vigor em 2026, promete colocar ainda mais restrições ao crédito voltado para o agronegócio brasileiro. O objetivo da medida, segundo o governo federal, é aumentar o controle sobre o desmatamento ilegal no país.
Por Ana Beatriz Leal
A nova resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional), que entra em vigor em 2026, promete colocar ainda mais restrições ao crédito voltado para o agronegócio brasileiro. O objetivo da medida, segundo o governo federal, é aumentar o controle sobre o desmatamento ilegal no país.
Pela resolução, os bancos devem realizar uma verificação rigorosa dos produtores rurais, se houve desmatamento após 31 de julho de 2019, antes de liberar qualquer tipo de financiamento com juros subsidiados. A análise será feita por meio de consulta ao MMA (Ministério do Meio Ambiente) que utilizará dados do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Não por acaso o agronegócio é o principal responsável pela perda de vegetação nativa no Brasil. A medida é um avanço na luta contra o desmatamento e um passo importante para alinhar o país a compromissos internacionais de preservação ambiental.