Selic nas alturas é sabotagem 

A taxa básica de juros da economia foi a absurdos 12,25%. Mais uma jogada do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do mercado financeiro para atrapalhar a retomada do crescimento e aumentar o ganho dos especuladores em detrimento da população.

Por Redação

A taxa básica de juros da economia foi a absurdos 12,25%. Mais uma jogada do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do mercado financeiro para atrapalhar a retomada do crescimento e aumentar o ganho dos especuladores em detrimento da população.


A decisão afeta diretamente a vida dos brasileiros. A Selic nas alturas é sinônimo de mais endividamento. Para se ter ideia, menos de 24 horas do da decisão do Copom, os bancos atualizaram a tabela das taxas de juros, para cima. Pegar empréstimo e fazer financiamento fica mais difícil e mais caro. 


A Selic nas alturas eleva o custo para quem pretende montar um negócio, ao frear a perspectiva de inflação futura. As grandes empresas também pisam o pé no freio e adiam planos de investimentos no país. Tudo isso reflete negativamente na geração de empregos e pode, inclusive, gerar demissões.


Não para por aí. O preço dos produtos nas prateleiras dos mercados dispara e, consequentemente, o custo de vida. A alta favorece apenas os rentistas, que comandam a política monetária do país desde a independência do BC, em 2021. 

 

Pena de morte
A mais atual elevação na Selic reforça o alerta dado pelo prêmio Nobel da economia, Joseph Stiglitz, ainda no ano passado. Segundo ele, as altas taxas de juros praticadas, historicamente, pelo BC são uma “pena de morte” à economia e aos brasileiros.


Para Stiglitz, elevar juros como maneira de conter a inflação é contraprodutivo, especialmente quando não endereça a fonte de inflação na atual economia global, que é energia, comida, problemas de cadeia de produção. Campos Neto deixa os brasileiros com a corda no pescoço ao elevar a Selic de 11,25% para 12,25%. 

 

Brasil tem 2º maior juro real do mundo
O próximo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que toma posse em 1º de janeiro, tem a obrigação de mudar a atual política monetária que coloca o Brasil no top 2 de juro real do mundo, com 9,48%. À frente, apenas da Turquia (13,33%).


A lista tem ainda Rússia (8,91%), Colômbia (6,46%), México (5,75%), África do o Sul (4,48%), Indonésia (4,19%), Filipinas (2,92%), Índia (2,43%) e Hong Kong (2,13%).