Na favela, a maioria é negra
A desigualdade racial no Brasil é reflexo histórico de séculos de escravidão que se manifesta de maneira profunda nas periferias das grandes cidades. Dos 16 milhões de brasileiros moradores de favelas, 72,9% (ou 11,66 milhões) são negros, aponta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Por Camilly Oliveira
A desigualdade racial no Brasil é reflexo histórico de séculos de escravidão que se manifesta de maneira profunda nas periferias das grandes cidades. Dos 16 milhões de brasileiros moradores de favelas, 72,9% (ou 11,66 milhões) são negros, aponta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
São milhões de pessoas com as vidas marcadas pelo acesso precário a serviços essenciais, como saneamento sanitário, educação e saúde. A segregação social e econômica escancara como o racismo estrutural e a falta de políticas públicas eficazes empurram a população negra para a margem da sociedade, em uma luta constante por direitos básicos.
O cenário evidencia o quanto o Estado brasileiro falha em assegurar condições de vida dignas à população negra que permanece invisibilidade e desamparada. São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Bahia concentram a maior parte das favelas brasileiras, segundo o IBGE.
O aumento da população em áreas da periferia, sem infraestrutura adequada mostra que medidas meramente paliativas não bastam. É fundamental compromisso real de toda a sociedade para reverter a exclusão social que recai, majoritariamente, sobre a juventude negra.