Grito dos Excluídos, há 30 anos ecoando

O Grito dos Excluídos, manifestação popular e religiosa de resistência e esperança para ampliar as vozes da população mais vulnerável, completa 30 anos em 2024. As ruas de todo o país devem ser tomadas no sábado, 7 de setembro, Independência do Brasil, em reforço à luta contra as injustiças sociais e econômicas que afligem milhões de brasileiros. 

Por Ana Beatriz Leal

O Grito dos Excluídos, manifestação popular e religiosa de resistência e esperança para ampliar as vozes da população mais vulnerável, completa 30 anos em 2024. As ruas de todo o país devem ser tomadas no sábado, 7 de setembro, Independência do Brasil, em reforço à luta contra as injustiças sociais e econômicas que afligem milhões de brasileiros. 

 

Sob o mote Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?, o movimento chama atenção para a necessidade de uma independência justa e inclusiva, que dê prioridade à vida em todas as suas formas. 

 

Entre os objetivos do Grito dos Excluídos estão a celebração e fortalecimento da resistência, denúncia das desigualdades e violências, promoção da vida e dignidade, fortalecer as comunidades locais e reforçar o compromisso com um projeto popular. 

 

No Brasil, apesar dos inegáveis avanços obtidos pela vitória da democracia social nas urnas, 8,7 milhões de pessoas ainda viviam em insegurança alimentar em 2023. Do outro lado da pirâmide a realidade é bem diferente. Tanto é que a concentração de riqueza aumentou 16,8% nos últimos 15 anos. O país ocupa a segunda posição no ranking de maior desigualdade feito com 56 países.

 

Neste 7 de setembro, é preciso reafirmar o compromisso de promoção da justiça social, com dignidade e solidariedade, em contraposição ao modelo econômico que privilegia o lucro e concentração de riquezas.