Racismo, a base do capital

O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, é um lembrete que, embora a escravidão tenha sido abolida em 1888, a exploração do povo negro permanece forte em um sistema econômico que se adapta para perpetuar desigualdades. 

Por Camilly Oliveira

O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, é um lembrete que, embora a escravidão tenha sido abolida em 1888, a exploração do povo negro permanece forte em um sistema econômico que se adapta para perpetuar desigualdades. 

 


O ultraliberalismo, com a lógica de maximização do lucro, reforça estruturas racistas que marginalizam a população preta, garantindo mão de obra barata e sempre explorada. Mantendo uma hierarquia social que se beneficia da exclusão e da violência diária, muitas vezes, invisibilizada.

 


O racismo, é uma ferramenta histórica do capitalismo, e continua sendo vital para a acumulação do capital. O mercado disfarça opressões e impede o avanço da maioria. Por trás da neutralidade econômica, há um sistema que se capitaliza com a desvalorização do trabalho negro e segue perpetuando hoje e sempre a marginalização.

 


Esta engrenagem econômica não é coincidência, mas uma extensão das lógicas escravocratas que sustentam o avanço do ultraliberalismo. Lutar contra a exploração exige mais do que representatividade, é crucial questionar as bases de um sistema que transforma desigualdade em ganho, julgando corpos e histórias negras para sustentar uma elite majoritariamente branca que se julga raça superior e se alimenta da opressão.