Em setembro, quase 90% dos reajustes com aumento real

Após anos de retrocessos impostos pela agenda ultraliberal, os trabalhadores têm observado cenários mais favoráveis. Das negociações coletivas com da data-base em setembro, 89,2% obtiveram reajustes com aumento real. Foi o melhor índice verificado nos últimos 12 meses. Ficou atrás apenas de maio (89,9%).

Por Renata Andrade

Após anos de retrocessos impostos pela agenda ultraliberal, os trabalhadores têm observado cenários mais favoráveis. Das negociações coletivas com da data-base em setembro, 89,2% obtiveram reajustes com aumento real. Foi o melhor índice verificado nos últimos 12 meses. Ficou atrás apenas de maio (89,9%).

 


Em todo o ano, 86,3% das 12.145 negociações analisadas conquistaram reajustes com ganhos acima da variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Outros 10,3% conseguiram resultados em percentuais iguais ao índice inflacionário e apenas 3,4% não alcançaram a recomposição das perdas no período.

 


Na média, a variação real dos reajustes de 2024 é igual a 1,49% acima da inflação, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Os bons resultados são fruto do aquecimento do mercado de trabalho e a política de valorização do salário mínimo. 

 


Outro dado analisado nos primeiros nove meses é que o valor médio dos pisos salariais foi de R$ 1.717,50. Entre os setores, a maior quantia média pertence aos serviços (R$ 1.744,41) e o menor ao comércio, com R$ 1.661,70.