Câncer de mama desemprega mulheres

A exclusão de mulheres do mercado de trabalho após o diagnóstico de câncer de mama revela a falta de políticas públicas eficazes para proteger esta parcela da população. Apesar dos avanços nas legislações trabalhistas, como a licença-maternidade e medidas contra o assédio, as trabalhadoras diagnosticadas com a doença ainda enfrentam um sistema que as penaliza economicamente, aprofundando desigualdades sociais e de gênero.

Por Camilly Oliveira

A exclusão de mulheres do mercado de trabalho após o diagnóstico de câncer de mama revela a falta de políticas públicas eficazes para proteger esta parcela da população. Apesar dos avanços nas legislações trabalhistas, como a licença-maternidade e medidas contra o assédio, as trabalhadoras diagnosticadas com a doença ainda enfrentam um sistema que as penaliza economicamente, aprofundando desigualdades sociais e de gênero.

 


De acordo com recente pesquisa Datafolha, 4 em cada 10 mulheres perderam o emprego após o diagnóstico. Entre as empregadas, 59% conseguiram manter seus trabalhos, enquanto 41% não tiveram esta oportunidade. O estudo mostrou que as maiores quedas ocorreram entre as mulheres freelancers  (trabalho eventual), evidenciando a fragilidade deste tipo de vínculo trabalhista.

 


A luta não deve ser apenas contra a doença, mas também contrária à perda de direitos. A politização do cuidado com as mulheres vai além do tratamento médico, o Estado e a sociedade precisam de ações concretas para garantir a inclusão e a proteção trabalhista das que enfrentam esta dura batalha.