Sindicatos garantem aumento real nos salários

Um sindicato forte, que tem uma base consciente e engajada, tem a voz potencializada quando senta à mesa para negociar os direitos dos trabalhadores com as empresas. Prova disto é que as entidades garantiram que 87,8% das negociações de reajustes salariais referentes à data-base de junho superassem o INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Por Ana Beatriz Leal

Um sindicato forte, que tem uma base consciente e engajada, tem a voz potencializada quando senta à mesa para negociar os direitos dos trabalhadores com as empresas. Prova disto é que as entidades garantiram que 87,8% das negociações de reajustes salariais referentes à data-base de junho superassem o INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
 

O dado, que consta no “Boletim de Olho nas Negociações”, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), segue uma tendência positiva, já que é a sétima vez consecutiva que mais de 80% das categorias alcançaram ganhos salariais acima da inflação. Realidade muito diferente da vivida pelos trabalhadores durante o projeto ultraliberal: arrocho, retirada de direitos e flexibilização das leis trabalhistas.
 

Ao considerar o primeiro semestre de 2024, o Dieese destaca que cerca de 86% das 6.728 negociações analisadas resultaram em aumentos salariais acima do INPC, 11% igualaram a inflação e 3% ficaram abaixo do indicador de preços. 
 

Os números evidenciam um cenário favorável para este ano, com uma variação real média de 1,59% nos reajustes. Boa perspectiva para os bancários, que estão em campanha salarial. Não é preciso dizer que os bancos, que estão no topo dos setores mais lucrativos da economia, podem atender com folga as reivindicações da categoria.