BB tem de promover igualdade de oportunidades 

Avançar nas questões que envolvem igualdade de oportunidades para os trabalhadores do BB, sobretudo PCDs (Pessoas com Deficiência), neurodivergentes e mulheres. Esta foi a cobrança da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil) na negociação desta sexta-feira (19/07).

Por Ana Beatriz Leal

Avançar nas questões que envolvem igualdade de oportunidades para os trabalhadores do BB, sobretudo, PCDs (Pessoas com Deficiência), neurodivergentes e mulheres. Esta foi a cobrança da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil) na negociação desta sexta-feira (19/07).
 

O banco apresentou um panorama atual sobre a igualdade de oportunidades. A instituição conta com 25.724 funcionários negros, o que representa 29,51% do quadro total. Destes, 2.130 ocupam posições de comando, o que equivale a 28,24% dos líderes. O BB destacou ainda o programa "Raça é Prioridade", que conta com 150 pessoas em processo de aceleração para liderança. 
 

Na mesa, alguns dados expostos chamaram a atenção da CEBB. Dos aprovados no último concurso público, pouco mais de 20% eram do sexo feminino. O Banco do Brasil possui 35.681 bancárias no quadro funcional, representando 40,94% do total. Mas, somente 26,79% dos líderes são mulheres. Para aumentar a representatividade feminina em cargos de liderança, o banco apresentou programas com ações afirmativas para elas. 
 

A CEBB cobrou do banco programas que incluam cotas nos concursos para pessoas trans e mais ações afirmativas para PCDs. 
 

O banco atendeu à reivindicação do movimento sindical e divulgou o crescimento dos números do canal de denúncias. Em 2022, 26,9% dos protocolos envolvendo conduta de cunho sexual resultaram em demissões. Já em 2023, o índice subiu para 45,9%. Nos primeiros seis meses deste ano, 65% dos processos já resultaram em desligamentos.
 

Desde junho de 2023, foram catalogados os números de condutas indevidas. No período, 17 denúncias foram investigadas, 65% envolveram raça, 17% gênero, 12% homofobia e 6% crença religiosa. No segundo semestre do ano passado, foi registrada a primeira demissão por racismo na história do BB.
 

A Comissão reivindica a inclusão de políticas afirmativas para PCDs e neurodivergentes, além de ampliar a redução da jornada de trabalho para pais e responsáveis por dependentes com deficiência física e/ou mental, para 3 e 2 horas dos funcionários de 8 e 6 horas, respectivamente. 
 

A representação dos trabalhadores recebeu algumas devolutivas da empresa, que apresentou o quadro atualizado da quantidade de horas negativas durante a pandemia que os bancários precisam compensar até maio de 2025. Dos 5.497 trabalhadores com banco de horas negativo, 755 têm mais de 60 anos.
 

Sobre a questão das pessoas em TRI (Trabalho Remoto Institucional), de acordo com o BB, 40% dos funcionários que trabalham mais de 50% dos dias úteis do mês em home office recebem a verba prevista em acordo. 
 

“Apesar das iniciativas, é preciso que o banco avance na pauta, para que todos os funcionários tenham as mesmas oportunidades, independentemente do gênero, raça, orientação sexual, credo e condição de pessoa com deficiência ou neurodivergente”, reforçou o membro da CEBB e diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Fábio Ledo. A próxima reunião será no dia 26 de agosto, em São Paulo, sobre saúde e condições de trabalho. 
 

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