Bancários vão defender jornada de 4 dias

Nesta terça-feira (02/07), dia da segunda mesa de negociações da campanha salarial 2024, os bancários vão se concentrar em reivindicar a redução da jornada de trabalho para quatro dias da semana, sem reduzir os salários e com a manutenção da abertura dos bancos e oferta de serviços de segunda a sexta-feira. Tudo possível com os avanços tecnológicos.

Por Renata Andrade

Nesta terça-feira (02/07), dia da segunda mesa de negociações da campanha salarial 2024, os bancários vão se concentrar em reivindicar a redução da jornada de trabalho para quatro dias da semana, sem reduzir os salários e com a manutenção da abertura dos bancos e oferta de serviços de segunda a sexta-feira. Tudo possível com os avanços tecnológicos.


O movimento sindical acredita que a tecnologia não pode estar a serviço apenas da lucratividade dos bancos, como acontece há um tempo. As empresas aproveitam para aumentar os ganhos. Entre 2012 e 2022, a categoria saiu de 513 mil trabalhadores para 433 mil. Os dados mais recentes também são preocupantes. Foram fechadas 3.325 vagas no acumulado de 12 meses, encerrados em abril. 


Quando os bancos anunciam novas contratações, são de trabalhadores terceirizados, com menos direitos. Ou seja, sem as garantias da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria bancária.

 

O Comando Nacional vai apresentar o relatório do Dieese, baseado em estudos e programas pilotos no Brasil e em outros países, liderados pela organização não governamental 4 Day Week Global. O documento revela que a redução da jornada para quatro dias protege os empregos, melhora a qualidade de vida e a produtividade dos trabalhadores, além de mais saúde mental.


Com foco nas cláusulas sociais, o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) também discutirão teletrabalho, segurança física e segurança digital no setor durante a mesa de negociação.

Tuitaço
De 9h às 11h desta terça-feira (02/07), os bancários realizam tuitaço com a hashtag #JuntosPelaJornadaDe4dias, com a intenção de mobilizar a categoria para a mesa sobre cláusulas sociais.