Em um ano, setor bancário eliminou 3.325 vagas

Para o sistema financeiro não tem tempo ruim. Lucro sempre crescente, na casa do bilhão ano após ano, mas impõe uma política de corte de empregos sem dó nem piedade. Os dados comprovam a necessidade de maior mobilização dos bancários, sobretudo agora durante as negociações da campanha salarial.

Por Renata Andrade

Para o sistema financeiro não tem tempo ruim. Lucro sempre crescente, na casa do bilhão ano após ano, mas impõe uma política de corte de empregos sem dó nem piedade. Os dados comprovam a necessidade de maior mobilização dos bancários, sobretudo agora durante as negociações da campanha salarial.


No acumulado de 12 meses, encerrados em abril, os bancos fecharam 3.325 postos de trabalho. De janeiro a abril deste ano extinguiram 142 vagas. A categoria saiu de 513 mil trabalhadores para 433 mil entre 2012 e 2022. Redução de 16% ou 79,5 mil a menos. No entanto, no mesmo período houve aumento de 72% dos postos de trabalho nas demais categorias do ramo financeiro, passando de 323 mil para 555 mil. 


Situação que justifica a principal preocupação para 68% dos trabalhadores dos bancos privados, qual seja, a garantia do emprego. Além disto, os bancos fecharam mais de 3 mil agências nos últimos cinco anos. A maioria era localizada em áreas com elevada necessidade social, longe dos grandes centros. Assim, pequenas cidades estão desassistidas do serviço bancário.


As demissões e fechamento de unidades têm como consequências sobrecarga de trabalho e adoecimento para os empregados que permanecem e sofrimento para os clientes com a precarização do atendimento. Todo mundo é penalizado, menos banqueiros.