Bancários em luta: a busca por direito e respeito

A situação é crítica e exige uma reflexão sobre o modelo de trabalho adotado pelos bancos, a ganância desenfreada está destruindo vidas e enfraquecendo a solidariedade entre os trabalhadores. A maior convenção coletiva do continente americano está em risco, assim como os direitos de milhares de bancários. É necessário lutar. 

Por Camilly Oliveira

A primeira manifestação nas agências bancárias para mobilização no processo negocial aconteceu nesta quarta-feira (26/06) e demonstrou a força de vontade da categoria de ir até às últimas consequências para conquistar as reivindicações.

A atividade coincidiu com o início das negociações com a Fenaban. Os diretores do Sindicato da Bahia percorreram as agências localizadas na avenida Sete de Setembro, em Salvador, onde deram informes sobre a campanha salarial e convocaram os bancários para fortalecer o movimento.

 

Além de mirar nos trabalhadores do sistema financeiro, o Sindicato também aproveitar para alertar os clientes para a importância de apoiar a categoria, que também se preocupa em criar as condições para um atendimento à sociedade cada vez mais qualificado e por queda nas taxas de juros.

 

A pauta inclui recomposição das perdas, aumento real de 5%, PLR maior, garantia do emprego, fim das metas abusivas, dos assédios moral e sexual, entre outras reivindicações de caráter econômico, social e sindical.

Augusto Vasconcelos, presidente licenciado do Sindicato, destacou a importância das negociações semanais, frisando que se a convenção coletiva for perdida, ocorrerá a retirada de mais 100 direitos da categoria. Ainda afirmou que a reforma trabalhista trouxe mais perdas do que ganhos para os trabalhadores.  Adelmo Andrade, diretor de Comunicação, revelou um dado alarmante. Mais de 40% dos bancários estão adoecidos devido à pressão diária e à ganância dos banqueiros. Ainda criticou a transformação das agências em lojas e o uso de empresas terceirizadas para funções essenciais.

 

A situação é crítica e exige uma reflexão sobre o modelo de trabalho adotado pelos bancos, a ganância desenfreada está destruindo vidas e enfraquecendo a solidariedade entre os trabalhadores. A maior convenção coletiva do continente americano está em risco, assim como os direitos de milhares de bancários. É necessário lutar.