O vício patrocinado 

Estudo do Ministério da Justiça e da Unifesp revela que mais de um terço dos apostadores já está em risco de dependência. Entre adolescentes, o número assusta com 55,2% que jogam compulsivamente.

Por Camilly Oliveira

O Brasil virou um cassino a céu aberto, onde a promessa de dinheiro fácil engana quem já tem pouco. O jogo explora a miséria e a falta de oportunidades. Casas de apostas lucram, bancos financiam dívidas, o governo tributa, e a população mais pobre afunda.

 

O mercado bilionário do jogo se sustenta no desespero, enquanto milionários jogam por lazer, os trabalhadores perdem até o que não têm.

 

A ilusão de mobilidade social mantém o ciclo, sempre com os mesmos ganhadores.

 

Estudo do Ministério da Justiça e da Unifesp revela que mais de um terço dos apostadores já está em risco de dependência. Entre adolescentes, o número assusta com 55,2% que jogam compulsivamente. O levantamento mostra que a compulsão pelo jogo não é diferente de outras dependências, trazendo sintomas como perda de controle e abstinência. 

 

Enquanto o Estado finge regular o setor, o lucro das plataformas cresce. A falta de políticas públicas deixa os mais pobres vulneráveis, transformando o vício em um problema social ignorado. O governo taxa, os empresários ganham, e o povo paga a conta, como sempre.