Desigualdade climática devasta educação

Em um mundo no qual o neoliberalismo aprofunda desigualdades, a educação é a única saída para milhões de jovens romperem o ciclo da pobreza. Porém, segundo recente relatório da Unicef, 242 milhões de estudantes em 85 países tiveram aulas interrompidas, ano passado, por eventos climáticos extremos. 

Por Camilly Oliveira

Em um mundo no qual o neoliberalismo aprofunda desigualdades, a educação é a única saída para milhões de jovens romperem o ciclo da pobreza. Porém, segundo recente relatório da Unicef, 242 milhões de estudantes em 85 países tiveram aulas interrompidas, ano passado, por eventos climáticos extremos. 

 


Fenômenos como ondas de calor, ciclones e inundações, intensificados pela exploração de megacorporações e pela negligência ambiental, privaram crianças e adolescentes de um futuro.

 


No Brasil, mais de 1,17 milhão de alunos ficaram sem acesso à educação, com as enchentes no Rio Grande do Sul, que destruiu escolas e comunidades. O relatório da Unicef alerta que, em contextos frágeis, as interrupções prolongadas aumentam o abandono escolar, expondo jovens a trabalho infantil e casamentos precoces. 

 


Enquanto megacorporações lucram com a destruição ambiental, governos se omitem diante de um desastre anunciado. A falta de investimentos em escolas e políticas preventivas é um verdadeiro crime contra o futuro de milhões de crianças. É inadmissível que a ganância e o descaso da elite global condenem jovens ao abandono e perpetuem ciclos de miséria. A sociedade precisa exigir ações imediatas, porque a inação já custou caro demais. 
 

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