Janeiro branco, convite ao autocuidado
A campanha Janeiro Branco surgiu em 2014 para destacar a saúde mental como prioridade. O mês escolhido simboliza o recomeço, enquanto o movimento busca sensibilizar sobre o impacto das emoções no cotidiano e a necessidade de políticas públicas que garantam cuidado psicológico.
Por Camilly Oliveira
A campanha Janeiro Branco surgiu em 2014 para destacar a saúde mental como prioridade. O mês escolhido simboliza o recomeço, enquanto o movimento busca sensibilizar sobre o impacto das emoções no cotidiano e a necessidade de políticas públicas que garantam cuidado psicológico.
Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram o Brasil liderando o ranking de transtornos de ansiedade, afetando 9,3% da população, enquanto a depressão atinge 5,8%.
Estes números são reflexo de um sistema que negligencia o bem-estar coletivo. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas 15% dos municípios brasileiros possuem CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), deixando milhões sem assistência adequada. Além disto, a pandemia intensificou o sofrimento emocional, com aumento de 25% nos casos de transtornos mentais, segundo relatório da OMS. O estigma, associado à desigualdade no acesso à saúde, impede que muitos busquem ajuda.
Procurar apoio é crucial. UBS (Unidades Básicas de Saúde) oferecem encaminhamento para atendimento especializado e o CVV (Centro de Valorização da Vida) disponibiliza suporte emocional gratuito pelo telefone 188. Garantir saúde mental para todos é um desafio coletivo que exige mobilização, investimento público e combate ao preconceito, criando uma sociedade mais inclusiva.