Santander rasga CLT

Em mais uma decisão unilateral e prejudicial aos empregados, o Santander retirou o ponto eletrônico dos gerentes e especialistas chamados de E1. A COE (Comissão de Organização dos Empregados) critica a medida, que expõe os trabalhadores a jornadas intermináveis e sem limite claro. 

Por Angélica Alves

Em mais uma decisão unilateral e prejudicial aos empregados, o Santander retirou o ponto eletrônico dos gerentes e especialistas chamados de E1. A COE (Comissão de Organização dos Empregados) critica a medida, que expõe os trabalhadores a jornadas intermináveis e sem limite claro. 

 


Na reunião, realizada nesta quinta-feira (19/12), a empresa alega que estas funções possuem caráter estritamente externo, o que dificulta o controle de jornada por ponto eletrônico.

 


Mas, os representantes dos empregados indicam que a mudança compromete o direito à desconexão e põe fim à previsibilidade de uma jornada de trabalho definida, pois sem horário de abertura e fechamento do sistema cria-se espaço para práticas abusivas, sobrecarga de trabalho, assédio moral e adoecimento. 

 


A ausência do controle eletrônico, uma conquista garantida no ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), é mais uma preocupação dos funcionários, que vivem expostos a riscos como assaltos e outros crimes, já que atua de forma externa. 

 


O movimento sindical não aceita a mudança e vai tomar providência contra a medida. O Santander precisa reavaliar a decisão e buscar modos de assegurar a gestão do trabalho externo com proteção aos direitos do quadro de pessoal. 

 


Entre os participantes da reunião com o banco, o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adelmo Andrade, e o vice-presidente da Federação da Bahia e Sergipe, José Antônio Santos.