O Bancário - 35 anos, a História, pelos trabalhadores
Criado em 1º de dezembro de 1989, às vésperas do 2º turno da primeira eleição presidencial pós ditadura civil-militar (1964-1985), realizada dia 17 do mesmo mês, quando a campanha de Lula, candidato da frente de esquerda, reacendeu a esperança e encantou o Brasil com a música Sem medo de ser feliz, o jornal O Bancário, em 35 anos de edição diária, além das notícias de interesse da categoria e do objetivo de mobilizá-la, tem ajudado a registrar a História brasileira na perspectiva de classe dos trabalhadores.
Por Rogaciano Medeiros
Criado em 1º de dezembro de 1989, às vésperas do 2º turno da primeira eleição presidencial pós ditadura civil-militar (1964-1985), realizada dia 17 do mesmo mês, quando a campanha de Lula, candidato da frente de esquerda, reacendeu a esperança e encantou o Brasil com a música Sem medo de ser feliz, o jornal O Bancário, em 35 anos de edição diária, além das notícias de interesse da categoria e do objetivo de mobilizá-la, tem ajudado a registrar a História brasileira na perspectiva de classe dos trabalhadores.
O único jornal diário dos movimentos sociais do país se posicionou pelo Fora Collor no impeachment de 1992, apontou os furos do Plano Real (1994), que acabou com a superinflação, denunciou as tramoias na venda do Banco Econômico (1995) e na privatização do Baneb (1999), assumiu apoio à campanha de Lula (2002) na primeira vitória presidencial das forças progressistas e a reeleição (2006), destacou a chegada da primeira mulher - Dilma Rousseff - à presidência da República (2010) e a recondução em 2014.
Também desmascarou os abusos da Lava Jato e o caráter visivelmente golpista, antinacional, desmascarou a farsa do impeachment (2016) sem comprovado crime de responsabilidade, a criminosa prisão ilegal de Lula (2018), mesmo ano da manobra eleitoreira que tornou Bolsonaro presidente e levou a extrema direita ao poder, além da consagradora vitória nas urnas da democracia social sobre o fascinazismo na eleição de 2022.
Além de outros fatos marcantes como a garantia da vacinação em massa dos bancários na pandemia (2021), ECO 92, o Bloco Pré-Datado, o primeiro casamento coletivo LGBTQIA+ (1994) da América Latina, na sede do Sindicato, o início da Corrida dos Bancários (1997), os campeonatos de futebol, o Prêmio Alice Bottas (2015) e tantas outras atividades políticas, culturais e esportivas.