Um passo para taxar super-ricos
Um tributo global mínimo de 2% sobre a fortuna de bilionários de todo o mundo geraria arrecadação anual de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,3 trilhão). Esse é o principal eixo da proposta brasileira para taxar os super-ricos, que vivem na maré mansa enquanto a base da pirâmide é onerada com impostos e atormentada com a fome.
Por Redação
Um tributo global mínimo de 2% sobre a fortuna de bilionários de todo o mundo geraria arrecadação anual de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,3 trilhão). Esse é o principal eixo da proposta brasileira para taxar os super-ricos, que vivem na maré mansa enquanto a base da pirâmide é onerada com impostos e atormentada com a fome.
A taxação dos super-ricos, uma das bandeiras do governo federal, e que de maneira inédita consta na carta final do G20, vem em um momento em que as desigualdades sociais e econômicas alcançam níveis alarmantes.
Em 2023, o número de pessoas em situação de extrema pobreza avançou no mundo. São 1,1 bilhão de seres humanos na miséria, sem nada para comer. Desses, 455 milhões estão em países em guerra, segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas). Com a retomada da democracia social, o Brasil fez o caminho inverso e tirou 9,6 milhões de cidadãos da pobreza extrema.
No entanto, é preciso ampliar os esforços para dar condições dignas a toda humanidade. A mudança no sistema tributário é uma das possibilidades. Para se ter ideia, 3 mil pessoas em todo planeta detêm quase US$ 15 trilhões em patrimônio. É o mesmo que a soma das riquezas do Japão, Alemanha, Índia e Reino Unido. Acabar com a farra é imprescindível no combate às desigualdades.