Fim da impunidade. Ex-vice da Caixa é demitido por assédio

A demissão do ex-vice-presidente da Caixa, Antônio Carlos Ferreira de Sousa, marca um capítulo crucial na luta contra os abusos no ambiente de trabalho. Após investigações da CGU (Controladoria-Geral da União), ele foi demitido por justa causa, acusado de práticas sistemáticas de assédios sexual e moral entre 2021 e 2022, época em que ocupava cargos estratégicos no banco. 

Por Camilly Oliveira

A demissão do ex-vice-presidente da Caixa, Antônio Carlos Ferreira de Sousa, marca um capítulo crucial na luta contra os abusos no ambiente de trabalho. Após investigações da CGU (Controladoria-Geral da União), ele foi demitido por justa causa, acusado de práticas sistemáticas de assédios sexual e moral entre 2021 e 2022, época em que ocupava cargos estratégicos no banco. 

 


A decisão expõe uma realidade silenciada em muitas instituições financeiras, a blindagem conferida a altos executivos, que frequentemente perpetuam abusos sob o manto de poder e influência.

 


Antônio Sousa, funcionário de carreira da Caixa desde 1989, foi nomeado vice-presidente durante a gestão de Pedro Guimarães, amplamente denunciada por normalizar práticas de assédio como método de controle. 

 


As investigações comprovaram humilhações, destituições arbitrárias e condutas de caráter sexual que intimidaram vítimas. A publicação no DOU (Diário Oficial da União) desta sexta-feira (22/11) oficializa a decisão, mas não apaga os danos causados e nem o impacto moral nos empregados.

 


Embora a ação da CGU seja um avanço, o caso revela a necessidade de fortalecer mecanismos de denúncia e garantir a segurança das vítimas.