Brasil entre os maiores juros do mundo

A atual política monetária, imposta pelo Banco Central, comandada pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, gera prejuízos irreparáveis à economia brasileira. A Selic subiu de 10,75% para 11,25%. O índice consolida o Brasil como o terceiro país do mundo com a maior taxa de juros reais, de 8,08%. Atrás apenas de Rússia (12,19%), em segundo, e Turquia (15,18%), em primeiro.ro.

Por Angélica Alves

A atual política monetária, imposta pelo Banco Central, comandada pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, gera prejuízos irreparáveis à economia brasileira. A Selic subiu de 10,75% para 11,25%. O índice consolida o Brasil como o terceiro país do mundo com a maior taxa de juros reais, de 8,08%. Atrás apenas de Rússia (12,19%), em segundo, e Turquia (15,18%), em primeiro.

 

Cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram que a elevação de 0,5 ponto percentual vai resultar em aumento de R$ 26 bilhões nos gastos da União com os juros dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. Só em 2023, a União pagou mais de R$ 732 bilhões com os títulos. 

 

Na prática, o montante é investimento retirado de setores essenciais para toda a população, como saúde, segurança e educação. Sem falar que a medida também impõe aperto financeiro para os trabalhadores e empresas. O Brasil bateu recorde de recuperação judicial de empresas neste ano, chegando a 1,7 mil até setembro, maior número em 19 anos, o que provoca demissões e desindustrialização. 

 

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC alega que as decisões são baseadas no mercado. No entanto, a entidade não deveria considerar apenas o mercado, mas outros pontos como as causas reais da inflação.