Itaú, um centenário carrasco

O gigante do sistema financeiro, no entanto, insiste em desvalorizar os funcionários, um dos pilares da empresa, responsáveis pelos bons resultados. O Itaú completou 100 anos na última sexta-feira (27/09), mas está longe de merecer parabéns. O banco eliminou 1.785 postos de trabalho nos últimos 12 meses e fechou 175 agências físicas.

Por Ana Beatriz Leal

O recém centenário Itaú segue consolidado na melhor posição entre os grandes bancos brasileiros, com um total de R$ 2,9 trilhões em ativos. No primeiro semestre de 2024 lucrou R$ 19,843 bilhões, alta de 15,5% em relação ao mesmo período de 2023. 
 

A instituição é a mais lucrativa entre os grandes bancos do país, com um ROE (Retorno sobre o Patrimônio) de 22,4%. Também é crescente a receita com prestação de serviços e tarifas bancárias, que somou cerca de R$ 24,405 bilhões no semestre. 
 

O gigante do sistema financeiro, no entanto, insiste em desvalorizar os funcionários, um dos pilares da empresa, responsáveis pelos bons resultados. O Itaú completou 100 anos na última sexta-feira (27/09), mas está longe de merecer parabéns. O banco eliminou 1.785 postos de trabalho nos últimos 12 meses e fechou 175 agências físicas.
 

A maldade não para. O banco propôs recentemente o desligamento de trabalhadores com estabilidade provisória, o que resultaria em retirada de direitos. Bem que a empresa poderia aproveitar o aniversário para mudar a cultura organizacional, valorizar os trabalhadores e promover um ambiente de trabalho saudável.