Fenaban, muita lábia. Nada de proposta

Apesar de estar com a pauta de reivindicações da categoria desde o dia 18 de junho, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não apresentou nenhuma proposta concreta na negociação desta terça-feira (13/08). Muita lábia, mas nenhum retorno sobre as cláusulas econômicas, tema da reunião. 

Por Ana Beatriz Leal

Apesar de estar com a pauta de reivindicações da categoria desde o dia 18 de junho, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não apresentou nenhuma proposta concreta na negociação desta terça-feira (13/08). Muita lábia, mas nenhum retorno sobre as cláusulas econômicas, tema da reunião. 
 

A Fenaban informou que vai formatar e apresentar na semana que vem propostas para as cláusulas sociais sobre igualdade de oportunidades, mulher na tecnologia, calamidades naturais, LGBTQIA+, violência contra a mulher, saúde mental, direito à desconexão, jornada de 4 dias, emprego e terceirização, além das questões econômicas. 
 

As próximas negociações acontecem na terça e quarta-feira (20 e 21/08). O Comando Nacional não aceita mais enrolação. Quer proposta justa e por escrito. “Exigimos respostas concretas para as nossas demandas”, afirmou o presidente em exercício do Sindicato dos Bancários da Bahia, Élder Perez. 
 

As empresas podem. Nadam de braçada na lucratividade. Entre 2003 e 2023, o lucro líquido dos maiores bancos no Brasil subiu 169% acima da inflação. No entanto, enquanto engordam os cofres, demitem, fecham agências e assediam. 
 

Inclusive, a Fenaban afirmou que não vai discutir metas em mesa de negociação porque é uma questão de gestão. Insiste em dizer que não têm relação com o alto adoecimento dos bancários. Um absurdo. Embora represente 0,8% do emprego formal no Brasil, em 2022, a categoria respondeu por 3,7% dos afastamentos acidentários e 1,5% dos afastamentos previdenciários.