No Brasil, 70% da população apoiam taxação de super-ricos

A taxação das grandes fortunas, defendida inclusive pelo movimento sindical, é fundamental para a redução das desigualdades sociais no mundo. Justamente no momento em que o G20 se prepara para realizar, em julho, a primeira reunião de ministros de Finanças, que vai tratar também do tema, levantamento revela que a maioria da população apoia taxar os super-ricos.

Por Ana Beatriz Leal

A taxação das grandes fortunas, defendida inclusive pelo movimento sindical, é fundamental para a redução das desigualdades sociais no mundo. Justamente no momento em que o G20 se prepara para realizar, em julho, a primeira reunião de ministros de Finanças, que vai tratar também do tema, levantamento revela que a maioria da população apoia taxar os super-ricos.
 

No Brasil, de acordo com pesquisa do Instituto Ipsos encomendada pelas organizações Earth4All e Global Commons Aliance, 70% da população defende que os super-ricos paguem mais impostos como forma de financiar mudanças significativas na economia e no estilo de vida.
 

Durante o levantamento, os entrevistados foram perguntados ainda se os ricos deveriam pagar um imposto mais elevado sobre a sua própria riqueza. No Brasil, o apoio é de 69%. Na média do G20, 68%. 
 

“Os resultados do nosso relatório fornecem uma mensagem clara para todos os países do G20: uma maior igualdade construirá democracias mais fortes para impulsionar uma transformação justa para um planeta mais estável”, diz Owen Gaffney, co-líder da iniciativa Earth4All.
 

A pesquisa só confirma que a disparidade tributária entre ricos e pobres precisa ser resolvida. Um sistema injusto ameaça a democracia, aumenta a concentração de riquezas e aprofunda as desigualdades.