Pressão força adiamento do PL do estupro

O adiamento dos debates, que na prática significa, felizmente, uma reversão no absurdo projeto do estupro, assim chamado por proibir o aborto até mesmo no caso de a mulher ter sido estuprada e que pune a vítima com mais rigor do que o criminoso, é uma significativa vitória da vontade da população, que repudiou em massa a estúpida proposta da extrema direita bolsonarista.

Por Redação

O adiamento dos debates, que na prática significa, felizmente, uma reversão no absurdo projeto do estupro, assim chamado por proibir o aborto até mesmo no caso de a mulher ter sido estuprada e que pune a vítima com mais rigor do que o criminoso, é uma significativa vitória da vontade da população, que repudiou em massa a estúpida proposta da extrema direita bolsonarista.


A rejeição ao projeto só faz crescer, protestos começam a estourar por todo o país e, apesar de o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), manobrar a favor, para agradar os setores ultraconservadores, a tendência é ele engavetar a matéria, diante da grande repercussão negativa, nos planos nacional e internacional.


 O aborto tem gerado polêmicas nos últimos anos. Em 2005, o presidente Lula tentou descriminalizar a interrupção da gravidez até o terceiro mês de gestação, mas os setores conservadores da sociedade interromperam os debates. Em 2012, o STF decidiu permitir para os casos de fetos anencéfalos considerados natimortos cerebrais. Antes disto, mulheres eram obrigadas a levar a gestação contra a vontade.  


Durante o governo ultraconservador de Jair Bolsonaro, portaria do Ministério da Saúde passou a orientar médicos a delatarem à polícia, mulheres que buscassem interromper a gestação decorrente de estupro. A medida que violava o sigilo médico-paciente, foi revogada logo nos primeiros dias do governo Lula.