Bancários criticam presidenta mundial do Santander

A COE acendeu o sinal de alerta após a apresentação feita por Botín, com destaque ao uso de ferramentas tecnológicas, inteligência artificial e atendimento remoto. A executiva mostrou, durante o evento, nesta quarta-feira (22/11), que houve alta da carteira de clientes para 9 milhões, aumento da receita em 13% e o aprimoramento do índice de eficiência em 44% em relação ao mercado. 

Depois de a presidenta mundial do Santander, Ana Botín, destacar avanços nos resultados e investimentos em tecnologia, o movimento sindical ficou preocupado com a falta de consideração com os funcionários. Enquanto se preocupa com números surpreendentes, os bancários penam com assédio moral, sobrecarga de trabalho, precarização e o adoecimento. 


A COE (Comissão de Organização dos Empregados) acendeu o sinal de alerta após a apresentação feita por Botín, com destaque ao uso de ferramentas tecnológicas, inteligência artificial e atendimento remoto. A executiva mostrou, durante o evento, nesta quarta-feira (22/11), que houve alta da carteira de clientes para 9 milhões, aumento da receita em 13% e o aprimoramento do índice de eficiência em 44% em relação ao mercado. 


Revelou ainda que o Santander tem ambição de atingir 40 milhões de clientes até 2025, impulsionando abordagem focada em investimentos globais de R$ 3 bilhões em Tecnologia da Informação. Mas, ignorou a necessidade de ampliar o quadro de pessoal, urgentemente. 


Hoje, a empresa conta com 53.556 funcionários. Cada um é responsável pelo atendimento de cerca de 1.140 clientes. Se a carteira de correntistas chegar ao número projetado sem contratação de bancários, será um verdadeiro terror. 


Outro problema grave é a terceirização crescente. Para fugir da legislação e retirar direitos, o Santander ampliou a contratação de funcionários terceiros, que não são enquadrados à categoria e, portanto, não têm conquistas, como plano de saúde.