Protesto no Bradesco Periperi contra demissões
Embora tenha lucrado mais de R$ 26 bilhões em 2021 e de R$ 7 bilhões no primeiro trimestre do ano, o Bradesco segue com a política de cortes. Uma política perversa que sobrecarrega o funcionário e precariza o atendimento ao cliente. Um exemplo é a agência de Periperi, localizada no subúrbio ferroviário de Salvador. Em apenas 15 dias de maio foram três desligamentos no local.
Detalhe: a região conta apenas com uma agência do Bradesco para atender mais de 250 mil pessoas. É desumano. Não à toa o índice de adoecimento cresce e o percentual de trabalhadores que tomam remédio controlado saiu de pouco mais de 30% para 43% em um ano.
O cenário é preocupante e levou o Sindicato dos Bancários da Bahia a realizar manifestação na agência, nesta terça-feira (17/05). Os diretores alertaram sobre o aumento de doenças psicológicas, como depressão e síndrome de Burnout. O protesto contou com amplo apoio popular. Ninguém aguenta mais o caos enfrentado diariamente, resultado dos cortes.
Em todo o país, foram fechados 1.199 postos de trabalho nos 12 meses encerrados em março. Com os frequentes desligamentos no banco, hoje um funcionário é responsável pelo atendimento de mais de 1.100 clientes.
Além das demissões, o Bradesco também reduz o número de agências. Em 2021 foram fechadas 364. Já as unidades de negócios – que não lidam com numerário e, portanto, não prestam todos os serviços – seguem em crescimento, com a abertura de 200 no período.