Ambulantes podem ser indenizados
Por conta do patrocínio de uma cervejaria no Carnaval de Salvador, ambulantes foram proibidos de comercializar outras marcas que não fosse a do grupo Brasil Kirin (Schin). A medida penaliza os vendedores, que pagam à Prefeitura para vender bebidas, e os foliões, sem direito de escolha na hora da compra.
Como forma de reparo, o vereador Everaldo Augusto vai entrar com ação judicial para que os ambulantes sejam indenizados por imposição de propaganda gratuita, já que foram obrigados a usar, durante toda a festa, material publicitário da Schin sem receber contrapartida.
Outros órgãos serão acionados para garantir que os vendedores retirem as mercadorias apreendidas pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) sem pagamento de taxa.
"Além do processo de indenização e isenção da taxa para retirada de mercadorias, queremos que os agentes públicos sejam treinados para atuar em festas populares. Também vamos solicitar a suspensão de exclusividade nos termos deste ano", afirma.
Prejuízos
Além do valor da licença para trabalhar na folia, de R$ 124,04, os ambulantes tiveram de desembolsar R$ 300,00 pelo kit da Schin com boné, colete, sombreiro, cesto de lixo e isopor, todos com a marca da cerveja.