Até quando?
No artigo, a diretora do Sindicato dos Bancários da Bahia, Graça Gomes, analisa o genocídio dos palestinos.
A maior parte do mundo observa com perplexidade o genocídio dos palestinos, povo que durante 76 anos vem sendo dizimado pelas forças imperialistas de Israel, Estados Unidos, União Europeia e boa parte do Ocidente.
Jesus nasceu na Palestina. Mais precisamente em Belém, na Cisjordânia, território ocupado há quase meio século por Israel. Estudiosos denunciam os interesses por trás da ocupação: o petróleo.
Mas, para além disso, é preciso entender um pouco da história. A colonização israelense em terras palestinas acontece desde 1967 e, além dos impactos sociais, também traz impactos culturais gravíssimos. Desde então, o mundo observa o conflito sangrento entre Israel e Palestina, que ganhou um novo capítulo neste mês com o ataque do Hamas e a reação irracional de Israel.
Até hoje, nenhuma tese, por mais que tenha tentado buscar a paz, foi capaz de impedir as ações destruidoras da guerra e da violência que atingem, principalmente, as crianças (dos dois lados), destruindo o futuro de várias gerações.
A grave crise recente, prestes a se tornar uma catástrofe em nível mundial, requer reação urgente de todo o mundo. Mas, as grandes potenciais mundiais, leia-se EUA, Inglaterra, Alemanha, França fazem o contrário. Ao invés de buscar o diálogo para o fim racional do conflito, estimulam o genocídio de todo um povo.
E tudo acontece com a conivência da grande mídia, que faz uma cobertura extremamente desequilibrada, supervalorizando as cenas de israelenses aflitos em detrimento do sofrimento dos civis palestinos. A hora não deveria ser para procurar culpados. Todos devem assumir a responsabilidade. O mundo precisa, urgentemente, de diálogo por um cessar fogo. Para evitar um mal maior e, sobretudo, pelo bem de toda a humanidade.
*Graça Gomes é diretora do Sindicato dos Bancários da Bahia