Sindicato e trabalhador. Relação de força 

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012, quando a pesquisa começou a ser feita, o total de trabalhadores sindicalizados era de 16,1%. O país possuía 14,4 milhões de associados às entidades sindicais. 

Por William Oliveira

O Estado funciona. Mas, é preciso saber para quem. No governo de Michel Temer, a reforma trabalhista, que acabou com mais de 100 itens da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), tentou destruir a classe trabalhadora, com participação do grande capital. Isto refletiu na relação entre trabalhadores e sindicatos. 


Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012, quando a pesquisa começou a ser feita, o total de trabalhadores sindicalizados era de 16,1%. O país possuía 14,4 milhões de associados às entidades sindicais. 


Porém, a escalada da extrema direita, a reforma trabalhista, os ataques aos direitos do trabalhadores as fake news, o discurso de ódio, o negacionismo, enfim as moléstias do ultraliberalismo fascinazista  impactou drasticamente neste cenário. Em 2022, a proporção de filiados a sindicatos caiu para 9,2%. 


Ano passado, das 100,7 milhões de pessoas ocupadas, 8,4% eram associadas a alguma entidade. Ao todo, eram 8,4 milhões de trabalhadores. O crescimento da informalidade também foi um dos motivos para a baixa sindicalização nos últimos anos. 


É importante ressaltar que algumas categorias, com organizações fortes como a dos bancários, impediram retiradas de direitos e fizeram negociações que mantiveram conquistas no ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) e na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). Por isto, é fundamental a necessidade de fortalecer e lutar a partir dos sindicatos.