A linguagem na identificação do autismo

Novas descobertas indicam que pequenos detalhes na fala das crianças podem revelar sinais iniciais de autismo. A novidade oferece uma janela importante para diagnósticos precoces que mudam vidas. Crianças autistas, segundo pesquisa da Universidade de Lancaster, tendem a reproduzir as palavras dos adultos de forma diferente das neurotípicas, com menos adaptações e menos variações criativas. 

Por Camilly Oliveira

Novas descobertas indicam que pequenos detalhes na fala das crianças podem revelar sinais iniciais de autismo. A novidade oferece uma janela importante para diagnósticos precoces que mudam vidas. Crianças autistas, segundo pesquisa da Universidade de Lancaster, tendem a reproduzir as palavras dos adultos de forma diferente das neurotípicas, com menos adaptações e menos variações criativas. 

 


O padrão, conhecido como “ressonância verbal”, surge como uma chave para identificar o espectro autista ainda na infância, possibilitando intervenções que promovem o desenvolvimento social e emocional.

 


A ressonância verbal é algo que ocorre naturalmente em crianças neurotípicas: elas captam e adaptam palavras dos pais, moldando respostas que refletem engajamento e afeto. Já as crianças autistas repetem de forma literal, sem modificar ou acrescentar nuances. Ao ver a interação de forma mais sensível, se cria um espaço para acolher as singularidades e apoiar a expressão.

 


Para muitas famílias, entender os sinais traz alívio e direção. O diagnóstico precoce é mais do que uma confirmação, é a chance de agir com acolhimento, preparando uma rede de suporte que respeita as necessidades e fortalece as habilidades das crianças autistas.